sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sobre o espetáculo “A chegada de Lampião no céu e no inferno”.

A CTM recebeu nesta terça feira 23 de setembro 2014, uma crítica do ator e diretor Felipe Breunig da Cidade de Luís Eduardo Magalhães, ele que é do Grupo CEPAC - Centro de Experimentação e Pesquisa em Artes Cênicas. Felipe esteve na praça de sua cidade e assistiu o espetáculo “A chegada de Lampião no céu e

No inferno” e escreveu uma crítica confiram abaixo. 
No último dia 18, assumi junto ao amigo teatreiro Júlio Delfino (ator/diretor – Grupo Teatral Resistência), o compromisso de escrever algumas palavras sobre a peça teatral “A chegada de Lampião no céu e no inferno”, montagem da Cia de Teatro Mistura, aquela “das barrancas são franciscanas (...) filhos de Ibotirama!”, como assim nos bem apresenta Joilson Melo na primeira página do bem elaborado programa da peça. Buenas, não poderia começar de outra forma que não fosse justificando o emprego do substantivo “espetáculo”, no título desta, através de um adjetivo que também cumpra a difícil função de resumir a apresentação assistida: ESPETACULAR! Quando, ao final da apresentação, o diretor da peça me questionou sobre minha opinião acerca da montagem, e pediu que tecesse críticas construtivas, o respondi sinceramente que não poderia o fazer naquele momento, pois ainda me encontrava em êxtase com o que havia assistido (com prazer). Confesso, teria sido ainda mais mágico não fosse o palco (neste caso), pois nós gostamos mesmo é da rua não é?! Os desafios, os percalços, a aproximação, a bagagem que nos trás a rua, o chão... Os problemas, ah, os problemas (que é justamente o que procuramos com o teatro, os problemas buscando solução, o incômodo que desejamos causar). Mas isto nós dois concordamos, rs. E falando em problemas, aproveito para elogiar, assim que exigidos pela plateia, os improvisos por parte do elenco. Foram suficientes, precisos, com boas doses de humor e ousadia. Ao parceiro Gilberto Morais Gesse Junior, estendo desde já meus cumprimentos pela direção artística. Percebo que com todo o cuidado e carinho atingiste um resultado muito positivo. Tiveste um cuidado exemplar com as marcações, tomaste o cuidado necessário na construção das pontes entre produção musical – coreografias – elenco – laboratórios. Senti um carinho enorme com a obra dramatúrgica, na relação com as personagens e, principalmente, com o teatro... E como é gostoso sentir isto!  Cumprimento também: Diego Quinteiro, pelo belo trabalho realizado na direção de elenco, acertadíssimo. A função de oficineiro teatral, também executada por ti, me parece muito bem alinhada com o resultado final, parabéns! Gerri Cunha foi muito feliz na direção musical. A música, bem como os efeitos sonoros AO VIVO, serviu muito bem ao espetáculo. Mas não foi só complemento, foi parte. Parabéns sanfoneiro! Jurandyr Myranda, as coreografias estavam “redondinhas”, movimentos executados com beleza e cumplicidade. Gostei! Parabéns! Dramaturgicamente falando, me reservo a elogiar somente o que vi no palco, uma vez que não conheço a obra escrita. Se eu não estiver enganado, terei percebido a inserção de bons “cacos” no texto e também de piadas prontas que adaptam-se aos diferentes locais visitados. No geral, gostei muito da obra, mas devo dizer que o que mais gostei mesmo foram alguns momentos – e foram vários – de “provocações” e “tiradas” ousadas e muito, muito bem humoradas acerca de figuras, às vezes, intocáveis. O céu e o inferno viraram uma badalada festa e eu adorei fazer parte dela. Sobre a atuação, há coisas que posso e outras que não posso falar. Posso falar que gostei, gostei bastante. Vi um elenco afinado, atores/atrizes que levaram a sério o trabalho de construção das personagens e que trouxeram à cena os mesmos. Não posso falar sobre o talento individual ou sobre o que foi interiorizado por cada um das vontades da direção, pois, em minha opinião, uma sessão é pouco para isso. Porém, não teria nada ruim a falar não. Todos os personagens foram muito bem construídos. O que NÃO POSSO DEIXAR DE FALAR é que conheci o “Jesus” mais “cool” que já tenha visto por aí. Um “Lampião” fantástico, nos sentidos literais da palavra. E o “Diabo” (“baitola”, aos gritos bradam do camarim), genial. Extravagante sem se tornar estereótipo. Adorei. “São Pedro” tirando selfie e, posteriormente, não querendo ser incomodado por estar no whats app foi ótimo. Ao que Lampião esbraveja: “essa desgraça chegou até aqui”. Ráá! UMA COMÉDIA DELICIOSA!
Enfim, cumprimento em nome de todos os envolvidos – direções, coreografia, produção, elenco... – a Cia. De Teatro Mistura pelo belo trabalho. Funções cumpridas com êxito!


Saudações teatreiros! E um salve à Companhia Mistura.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A Cia de Teatro Mistura conquistou mais uma cidade do oeste da Bahia com seu projeto de Circulação e intercambio teatral no Oeste da Bahia, e tudo aconteceu na praça Sérgio Alvim Motta, no centro de Luís Eduardo Magalhães, na noite deste domingo (21) a praça ficou pequena para o bando de Lampião que apresentou sua musicalidade, poesia, teatralidade e fé cênica superlotando a praça. O grupo participou do retorno do Projeto Cultura Viva da secretaria de Cultura e Turismo do município. A programação foi toda ela dedicada ao cangaço brasileiro com a palestra “O cangaço no território brasileiro” com o historiador Reizinho Pereira e a espetáculo teatral “A Chegada de Lampião no Céu e no Inferno”, que está em cartaz no interior da Bahia a cinco anos e já passou por diversas cidades.
No espetáculo, após sua morte, Lampião, rei do cangaço, depois de ter sua entrada no céu recusada por São Pedro procura guarida no inferno. As peripécias do maior cangaceiro deste país, em sua busca entre o céu e o inferno são contadas com muito bom humor reservando momentos de diversão e boas gargalhadas aos espectadores.
De acordo com Gilberto Morais Junior, diretor da Companhia de Teatro Mistura de Ibotirama e responsável por reviver Lampião na peça, o espetáculo é baseado no texto de cordel dos poetas José Pacheco e Rodolfo Coelho e João José da Silva. “A literatura de cordel contagiou o grupo, desde a leitura do texto a identificação foi total, a construção dos personagens, o figurino, as marcações, tudo isso nos ajudou na aproximação com a cultura popular”, disse.
A apresentação deste domingo foi à primeira do projeto Teatro no Cangaço dos Territórios em Luís Eduardo Magalhães. Em 2013, o projeto foi aprovado na segunda chamada do edital Calendário das Artes, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (Secult/BA).
Presente ao espetáculo, o prefeito Humberto Santa Cruz fez questão de cumprimentar os atores da Companhia de Teatro responsável pelo espetáculo. “Temos cada vez mais estimular a diversidade cultural em nossa cidade, oferecendo oportunidade a todos de presenciarem bons espetáculos”, comentou o prefeito, lembrando ainda que a secretaria de Cultura e Turismo dispõe de uma grade de oficinas artísticas de música, dança e teatro aberta à população. 

Texto do site:
http://jornalgazetadooeste.com.br/noticias-diversas/projeto-cultura-viva-lota-praca-sergio-alvim-motta-em-noite-do-teatro/

domingo, 14 de setembro de 2014

Programação de Setembro 2014 - Intercambio Teatral no Interior do Oeste da Bahia



Neste mês de Setembro a Companhia Mistura vem com uma programação intensa, envolvendo a circulação de dois espetáculos de Teatro de Rua "A Chegada de Lampião no Céu e no Inferno" e "O Melhor da Camisinha" no interior do Oeste da Bahia, nas cidades de Bom Jesus da Lapa e Luís Eduardo Magalhães. E em Ibotirama o grupo também não Pará, mantém atividades educativas na Zona Rural e Urbana com espetáculo “SEMPRE UM MURO” pelo o Projeto Um Olhar para Cidadania da Secretaria Municipal de Assistência Social de Ibotirama. A iniciativa é carrega entre os nossos objetivos oportunizar a apreciação e a discussão diante das várias linguagens artísticas oferecidas pela circulação, estimulando a formação de plateia, bem como reforçar a valorização profissional dos artistas e equipe de produção que estão envolvidos com o Teatro no interior da Bahia.

Oficina de Teatro
Todas as 3ª & 5ª feiras
Local: Auditório do Cetep Velho Chico
Coord. Diego Quinteiro

06 de Setembro
4ª Virada Cultural de Bom Jesus da Lapa
Espetáculo: "O nosso Educativo" Teatro de Rua
Local: Praça
Horário: 19:00

21 de Setembro -
Teatro no Cangaço dos Territórios - 
Espetáculo: A Chegada de Lampião no Céu e no Inferno
Palestra: O Cangaço no Território Brasileiro - com Renaildo Pereira 
Cidade: Luís Eduardo Magalhães

23 de Setembro - 
Projeto Um Olhar para Cidadania
Bairro: São Francisco
Local: Pátio da Escola Municipal Arlindo Araújo
Horário: 15 horas

30 de Setembro - 
Projeto Um Olhar para Cidadania
Comunidade: Aldeia Indígena Tuxá
Local: Pátio da Escola Indígena